Título: Recursos sairiam de leilão da folha
Autor: Lima, Maria e Camarotti, Gerson
Fonte: O Globo, 20/05/2007, O País, p. 11

Licitação, que incluirá bancos privados, renderá R$100 milhões ao ano

BRASÍLIA. Para evitar um desgaste maior à imagem da Câmara, o presidente Arlindo Chinaglia tenta garantir recursos extra-orçamentários para executar a obra do Anexo V com o leilão da folha de pagamentos da Câmara entre bancos interessados em administrar as contas de 15.273 servidores e 513 deputados.

Hoje, quem faz isso é o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Mas a licitação incluirá bancos privados. A estimativa é que isso renda R$100 milhões por ano ao caixa da Câmara. Esse é um tipo de operação utilizada por governadores e grandes prefeituras para aumentar suas receitas.

Segundo fontes da Câmara, as conversas estão adiantadas com o banco Santander. O Banco do Brasil também foi consultado.

Obras no Senado suspensas por contingenciamento

O Senado, este ano, foi obrigado a pôr o pé no freio e suspender a maior parte das obras que pretendia executar. Pelo menos é o que diz o diretor-geral da Casa, Agaciel Maia. Segundo ele, o recuo foi imposto pelo contingenciamento orçamentário determinado pela União em fevereiro, que, desta vez, atingiu também o Legislativo.

Entre as obras suspensas está a construção do Anexo III. A única que deverá acontecer neste semestre é a reforma do comitê de imprensa, para abrigar os jornalistas da Agência Senado. Isso porque já estava licitada. O projeto da reforma - basicamente a construção de um mezanino - foi encomendado ao arquiteto Oscar Niemeyer e prevê a instalação de um elevador para garantir o acesso a pessoas portadoras de deficiência.

A obra está prevista para começar esta semana e deverá durar cerca de três meses. De acordo com o diretor de Comunicação Social do Senado, Weiler Diniz, o projeto foi orçado em R$350 mil, preço equivalente a de um apartamento de três quartos no Plano Piloto, uma das áreas mais valorizadas da capital federal.