Título: Furacão: pedida prisão de 38 pessoas
Autor: Brito, Casrlos e Martins, Jorge
Fonte: O Globo, 06/06/2007, Rio, p. 21

Justiça decide transferir 17 detidos de batalhão da PM para 3 carceragens.

A 6ª Vara Criminal Federal está analisando 38 pedidos de prisão preventiva feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) contra um oficial da Polícia Militar, policiais civis, federais e parentes destes. As prisões, todas por corrupção, farão parte da segunda etapa da Operação Hurricane (Furacão, em inglês), que resultou na prisão de bicheiros e de autoridades do Judiciário e do Executivo federais. Além disso, o MPF vai denunciar novamente, desta vez por corrupção, quatro pessoas presas na operação, deflagrada em 13 de abril.

Segundo uma fonte do GLOBO, os pedidos de prisão foram feitos contra 17 inspetores, um oficial de cartório e dois delegados da Polícia Civil, além de um major da Polícia Militar.

Três delegados federais deverão ser presos

Também foram pedidas prisões preventivas de agentes, escrivães e três delegados da Polícia Federal e parentes de alguns policiais.

Na operação, a PF prendeu o ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ) desembargador José Carreira Alvim; o desembargador Ricardo Regueira, também do TRF; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas; e o procurador Regional da República João Sérgio Leal Pereira. Também foram presos o advogado Virgílio de Oliveira Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina, que pediu afastamento do cargo, e três contraventores da cúpula do jogo do bicho do Rio.

Os desembargadores, acusados de vender liminares em favor das casas de bingo, assim como o juiz Ernesto Dória, foram soltos dias depois pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador João Leal também foi solto. Hoje, 17 das 25 pessoas detidas continuam presas. A Justiça decidiu transferir os 17 presos do Batalhão da PM para a Polinter de Campo Grande e para os presídios Ary Franco e Nelson Hungria.