Título: Governo tenta exigir que estados invistam no PAC
Autor: Lima, Maria e Vasconcelos, Adriana
Fonte: O Globo, 22/06/2007, O País, p. 11

Em troca, ajudaria a aumentar o limite de endividamento pleiteado por governadores.

BRASÍLIA. A negociação entre governadores e União sobre o aumento do limite de endividamento dos estados começou a esbarrar em exigências do Tesouro Nacional. A equipe econômica pretende que os estados usem parte de seu novo espaço fiscal para dar contrapartidas em projetos do governo federal previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa proposta desagrada a Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. O governador Sérgio Cabral disse ser contra a idéia, ontem, após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega:

- Não aceitamos endividamento do estado para o PAC.

Cabral destacou que os R$2 bilhões previstos no PAC para obras no Rio, principalmente em saneamento e habitação, devem sair da União. Ele frisou que o estado já gastou R$400 milhões em projetos de saneamento hoje parados por falta de investimentos da União:

O governador de São Paulo, José Serra, também esteve com Mantega esta semana e disse que a contrapartida exigida pelo Tesouro é algo novo.

- Eles agora estão preocupados com o impacto disso (o PAC) no limite de endividamento - disse Serra, que já acertou um aumento do limite de endividamento em R$4 bilhões.