Título: Defeito pára mais um Airbus da TAM
Autor: Ribeiro, Fabiana
Fonte: O Globo, 31/07/2007, O País, p. 13

Avião interrompe decolagem em Londrina por falha na turbina esquerda.

CURITIBA. Pela segunda vez em menos de uma semana, um avião Airbus A320 da TAM apresentou problema mecânico. No domingo, o vôo 3811, que saiu de Salvador para Londrina, com escalas em Guarulhos e Curitiba, apresentou problemas na turbina esquerda e ficou retido no aeroporto de Londrina numa parada não programada para conserto. O Airbus retornaria a Curitiba, faria escala em São Paulo e voltaria a Salvador.

Os cem passageiros do vôo foram obrigados a completar a viagem em outras aeronaves. Destes, 60 seguiram no domingo mesmo para Curitiba e São Paulo, e 40 foram instalados em hotéis da região e seguiram viagem ontem.

O avião, que já se preparava para fazer a viagem de volta a Salvador, teve a rota cancelada para que técnicos pudessem consertar a falha, detectada depois da parada em Londrina. A assessoria de imprensa da TAM confirmou a falha, mas não informou o motivo da ocorrência. Imagens gravadas por redes de TV mostraram técnicos da companhia trabalhando na turbina esquerda do avião.

A manutenção de emergência, que começou às 13h de domingo, foi concluída às 5h de ontem. Ontem cedo, a aeronave seguiu para Congonhas para se integrar novamente às escalas de vôos da companhia.

Na última segunda-feira, outro Airbus da TAM, que também vinha de Salvador, com 130 passageiros a bordo, perdeu parte da fuselagem da turbina direita em pleno vôo, obrigando o piloto a desviar a rota para Londrina. Em solo, técnicos tentaram ainda colocar um remendo com uma fita de alumínio, mas denúncia dos próprios passageiros, que relataram problemas durante o vôo ao Ministério Público Federal, por telefone celular, fez com que a aeronave ficasse retida até que o conserto fosse concluído. Segundo informações prestadas à Polícia Federal, a TAM afirmou que o problema na fuselagem não oferecia riscos à segurança do vôo.

Esses Airbus A320 da TAM são do mesmo modelo daquele que provocou a tragédia no Aeroporto de Congonhas no último dia 17, em que morreram 199 pessoas.