Título: Tarifa menor para tentar influenciar setor
Autor: Paul, Gustavo e Duarte, Patrícia
Fonte: O Globo, 22/08/2007, Economia, p. 23

BRASÍLIA. Um dos objetivos que o governo e até os próprios executivos enxergam para o Banco do Brasil (BB) é aproveitar a instituição para tentar balizar o mercado, como na questão das tarifas bancárias. O presidente do banco, Antônio Lima Neto, diz que o BB sempre cobrou tarifas menores, em média conseguindo receita de R$200 por cliente por ano, muito aquém dos concorrentes, que ficam com cerca de R$500.

- Ganhamos na quantidade de clientes. Sempre cobramos as menores taxas _ resumiu Lima Neto. Levantamento da Anefac (associação que reúne os executivos de finanças) mostra que, entre 2001 e 2006, o BB reduziu os preços de algumas tarifas bastante utilizadas pelos correntistas. Exemplo é a cobrança pelo cartão comum para débito, saque e consulta, cujo preço passou de R$9 para R$3,90 no período, queda de 56,7%. O Bradesco, no entanto, aumentou os preços de R$3 para R$3,60, alta de 20%.

No item manutenção de conta corrente ativa, o BB já subiu os preços, passando de R$3 para R$7,50 (150%), enquanto o Bradesco elevou em 40%, para R$7, segundo a Anefac. Já o Itaú passou a cobrar R$8 no ano passado, 160,67% a mais do que em janeiro de 2001.