Título: Estatal cai para 9º lugar em energia
Autor: Ordoñez, Ramona
Fonte: O Globo, 27/01/2009, Economia, p. 24

Exxon volta a liderar lista das 50 maiores empresas do mundo.

RIO e BANCOC. Com US$96,8 bilhões em valor de mercado ao fim de 2008, a Petrobras caiu do sexto para o nono lugar no ranking das 50 maiores empresas de energia do mundo, segundo estudo da consultoria americana PFC Energy divulgado ontem. A pesquisa avalia apenas as companhias de capital aberto, ou seja, com ações negociadas em bolsa. As maiores perdas foram verificadas entre empresas controladas pelo Estado, como a russa Gazprom, que registrou queda de 74% no valor de suas ações no ano passado, o maior declínio da lista. Os papéis da Petrobras despencaram 60% no período. Ainda assim, para o banco americano Goldman Sachs, o plano da estatal brasileira de investir US$174,4 bilhões até 2013 pode colocá-la no topo do setor quando a economia mundial se recuperar.

A consultoria atribui a queda no valor de mercado das companhias à combinação da desvalorização das bolsas mundiais e do preço do petróleo - o barril do leve americano, negociado na Bolsa de Nova York, apresentou declínio de 59% em 2008. As 50 empresas do ranking perderam 46% de seu valor, somando US$2,8 trilhões ao fim do ano passado. Juntas, as estatais tiveram queda de 64%, mais que o dobro da perda de grandes multinacionais.

Com essa diferença no comportamento das ações, a americana ExxonMobil voltou à liderança, com valor de mercado de US$406,1 bilhões. Tomou o lugar da PetroChina, que ficou na segunda posição em 2008 (US$259,1 bilhões). A única das 50 empresas que teve variação positiva de suas ações foi a japonesa Tokyo Gas (9%). De acordo com a consultoria, ela foi beneficiada pela valorização do iene.

Para o Goldman Sachs, apesar da crise em 2008, o plano de investimentos da Petrobras é "indubitavelmente ousado" e vai na contramão dos cortes que as demais companhias vêm anunciando. Por essa razão, "pode tornar a Petrobras a grande empresa de petróleo mais bem posicionada do mundo para o próximo ciclo de recuperação nos preços do petróleo". (Com Bloomberg News)

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