Título: Promotor contesta versão de legítima defesa
Autor: Éboli, Evandro; Perboni, Juraci
Fonte: O Globo, 28/02/2009, O País, p. 3
RECIFE e BRASÍLIA. O promotor agrário de Pernambuco, Edson Guerra, contestou ontem o argumento do MST de que os líderes do movimento que mataram quatro seguranças de fazendas em São Joaquim do Monte agiram em legítima defesa. Dois líderes do MST presos em flagrante foram indiciados por homicídio qualificado.
- Se a pessoa, no início, está se defendendo e depois começa a atacar quem já está imóvel, deixa de ser legítima defesa e passa a ser homicídio qualificado - disse Guerra.
Ontem, o presidente do STF, Gilmar Mendes, foi elogiado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que o chamou de guardião da Constituição, e criticado por entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária - que reúne do MST às pastorais da Igreja Católica. A entidade disse que as declarações de Mendes são "carregadas de preconceito e rancor de classe".