Título: Projeção para PIB este ano cai pela 3ª vez seguida
Autor: Almeida, Cássia
Fonte: O Globo, 17/02/2009, Economia, p. 18

Para analistas, economia deve crescer só 1,5% em 2009, a menor taxa desde 2003.

BRASÍLIA, RIO, LONDRES e TÓQUIO. A economia brasileira deve crescer apenas 1,5% em 2009, segundo pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central. A previsão da semana passada era de alta de 1,7%. Na opinião dos analistas de mercado ouvidos pela autoridade monetária, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) terá o menor resultado desde 2003, quando cresceu 1,1%. Esta foi a terceira redução seguida da projeção para o PIB de 2009, mas o governo ainda trabalha com uma estimativa de 4% para este ano.

Já a balança comercial brasileira teve superávit de US$225 milhões na segunda semana de fevereiro, levando o saldo positivo a US$696 milhões este mês. Isso reduziu a perspectiva de novo déficit mensal, como ocorreu em janeiro. No ano, a balança tem saldo positivo de US$172 milhões, com exportações de US$14,883 bilhões.

Com negócios distorcidos pelo vencimento do mercado de opções e a falta de referência do mercado americano, fechado por conta do feriado do Dia do Presidente, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,40%, para 41.841 pontos. No câmbio, o dólar subiu 0,66%, para R$2,279.

O destaque da Bolsa foram as ações da Positivo, que dispararam 78,85% com a volta de rumores de que a empresa teria recebido nova proposta de compra da Lenovo. Em nota, a companhia afirmou que "não obteve confirmação de qualquer negociação em curso que sustente as especulações mencionadas".

Ministro do Japão nega que bebeu demais

As principais bolsas de valores do mundo recuaram ontem. A Bolsa de Tóquio caiu 0,38%, acompanhada por queda de 0,73%, em Hong Kong; 1,31%, em Londres; 1,19%, em Paris; e 1,06% em Frankfurt, sob influência de queda maior que a esperada do PIB do Japão.

O ministro de Finanças japonês, Shoichi Nakagawa, negou que estivesse bêbado em uma entrevista do G-7, em Roma, mas a oposição pediu sua renúncia. Ele afirma que só tomou um gole de vinho em um brinde, mas que um remédio de gripe teria afetado seu comportamento.

(*) Com agências internacionais