Título: Restrições são maiores
Autor: Simão, Edna
Fonte: Correio Braziliense, 22/03/2009, Economia, p. 23

A perspectiva de aumento de desemprego está restringindo a liberação de crédito para trabalhadores da iniciativa privada. ¿Para os funcionários da iniciativa privada, o consignado está ainda mais restrito. Se ele perder o emprego, o banco terá dificuldade para receber o dinheiro de um desempregado e isso aumenta o risco. Isso trava novos convênios entre instituição financeira e empresa para concessão de consignado para iniciativa privada¿, explicou o analista de bancos da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu. Desde 2004, quando o consignado começou a ser oferecido, os bancos não demonstraram muito interesse em fechar convênios com empresas. O entrave era justamente a possibilidade de perda do emprego.

A preocupação com uma onda de demissões no país fez com que a Federação Brasileira de Bancos e a Força Sindical assinassem um protocolo de orientação para o reescalonamento de pagamentos de consignado para diminuir os impactos da crise para os trabalhadores. Assim, sempre que houver um acordo coletivo de trabalho para redução ou suspensão temporária de salário, os pagamentos das prestações poderão, também, ser reduzidos ou suspensos, pelo mesmo período. Ou seja, um trabalhador que tenha R$ 500 descontados mensalmente para pagamento de sua parcela e cujo salário seja reduzido em 20%, terá esse mesmo percentual aplicado à sua parcela.

A Central Única dos Trabalhadores(CUT) fechou uma parceria com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal para zerar a cobrança de tarifas e reduzir os juros. O benefício será concedido para os filiados que migrarem sua conta corrente para o BB e Caixa. A CUT-DF pretende fazer acordo com o Banco de Brasília (BRB) para beneficiar os servidores públicos do governo da capital federal. (ES)