Título: Ministra passa o dia recolhida em casa
Autor: Otavio, Chico
Fonte: O Globo, 27/04/2009, O País, p. 4

Hoje ela viaja com Lula para Manaus

BRASÍLIA. Depois de anunciar que vai passar por um tratamento contra um linfoma, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, passou o dia de ontem recolhida. Na sua casa, na Península dos Ministros, setor nobre do Lago Sul, havia apenas movimentação de seguranças e do labrador Nego ¿ herança do ex-ministro José Dirceu ¿, no pátio externo.

Num dia muito chuvoso e frio, a ministra não recebeu visitas e não saiu de casa durante todo o domingo.

A única indicação de que Dilma estava em casa eram as luzes, que permaneceram acesas durante boa parte da tarde. No início da noite, foi possível ver a ministra se movimentando no interior da residência.

Hoje, Dilma acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem ao Amazonas. Eles embarcam às 8h para Manaus, onde visitarão as obras da ponte sobre o Rio Negro e do Terminal Hidroviário de São Raimundo. Depois terão um almoço com governadores da Amazônia Legal, seguido da entrega de títulos de regularização fundiária e da assinatura do compromisso para redução das desigualdades sociais na região.

Na agenda de compromissos, ainda constam visita ao Lar Azamor Gonçalves Pinheiro, inauguração do Hospital Maternidade Chapot Prévost e do Conjunto Habitacional Cidadão. Na terça-feira, o presidente seguirá para Rio Branco, mas Dilma permanecerá em Manaus para fazer um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Amazonas, durante um encontro de prefeitos daquele estado.

Dilma Rousseff mora na casa onde morava seu antecessor no cargo, o ministro José Dirceu. Nos últimos meses, sua rotina incluía uma caminhada bem cedo na orla do Lago Paranoá. Às vezes caminhava em companhia do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim; ou do senador Gim Argelo (PTB-DF), que também mora nos arredores da Península dos Ministros, no Lago Sul.

¿ A ministra está bastante sossegada e confiante no tratamento que fará. Ela acredita que em cerca de 90 ou 120 dias vai estar se lembrando disso tudo como uma coisa do passado ¿ disse o senador, depois de conversar com interlocutores de Dilma.