Título: Plano de saúde: alta de até 6,76%
Autor: Almeida, Cássia
Fonte: O Globo, 25/04/2009, Economia, p. 21

Reajuste, acima da inflação acumulada, vale a partir de 1º de maio.

Será de 6,76% o reajuste máximo para os planos de saúde dos contratos individuais firmados a partir de janeiro de 1999. O teto de aumento, fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), também se aplica a planos adaptados à lei 9.656/98 e afeta cerca de 6,5 milhões de consumidores. Ou seja, 12,4% dos 52 milhões de beneficiários de planos de saúde no país. A resolução será publicada no Diário Oficial da União na próxima segundafeira e tem vigência a partir de primeiro de maio. O índice será usado como parâmetro de reajuste nos próximos 12 meses, sendo que deve ser aplicado na data de aniversário do contrato.

O reajuste dos planos de saúde ficou acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) que, nos últimos 12 meses, fechados em 15 de abril, registrou alta de 5,40%. No mês, a variação do IPCA15 foi de 0,36%, bem acima do 0,11% de março. Para o IPCA fechado de abril, especialistas estimam alta de 5,5% em 12 meses. A projeção é que a taxa fique mais próxima da meta do governo, de 4,5%, no segundo semestre.

O cálculo do índice dos contratos leva em consideração o percentual de reajuste dos planos coletivos (5,60%) e a variação de 1,1%, relativa à maior oferta e utilização de procedimentos, válidos desde 9 de janeiro de 2008.

Para o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, ¿o acréscimo referente à variação deve ser considerado na totalidade do benefício que o novo rol trouxe aos beneficiários, incluindo procedimentos como vasectomia, exames de genética e profissionais como fonoaudiólogo à cobertura assistencial mínima¿. (Luciana Casemiro e Camila Nobrega) .