Título: Filial brasileira não será afetada
Autor:
Fonte: O Globo, 28/04/2009, Economia, p. 19

Plano de investimentos para o país chega a US$ 1,2 bilhão.

A General Motors do Brasil afirmou que a subsidiária não será afetada pelos cortes anunciados pela matriz.

A empresa garante ainda que o plano de investimentos para o Brasil, terceiro maior mercado do grupo ¿ atrás de China e dos Estados Unidos ¿, está mantido e que não há previsão de cortes de funcionários. Somados, os investimentos no Brasil são de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 2,6 bilhões ao câmbio de ontem).

Enquanto custos estruturais estão sendo reduzidos nos Estados Unidos, US$ 500 milhões serão destinados à produção de dois novos modelos de veículos em São José dos Campos (PR) ainda este ano, e mais US$ 500 milhões para a conclusão de uma nova família de veículos, denominada Viva, até 2011. Outro projeto que começará em 2009 é a construção de uma fábrica de motores em Joinville (SC), que contará com US$ 200 milhões em investimentos.

Região do Brasil foi a única a registrar lucro em 2008 A decisão de manter todos os investimentos para o Brasil foi motivada pelos bons resultados em 2008 e nos primeiros meses de 2009.

Segundo o balanço divulgado pela GM no início do ano, o grupo constituído por América Latina, África e Oriente Médio foi o único a registrar lucro em 2008 ¿ de US$ 1,3 bilhão ¿ frente ao prejuízo de US$ 30,9 bilhões no mundo todo.

Apenas o resultado do quarto trimestre de 2008 dessas três regiões foi negativo, afetado especialmente pela desaceleração na atividade industrial no Brasil. Este ano, porém, a recuperação do volume de vendas no país foi essencial para o balanço positivo. Embora a empresa ainda não tenha divulgado o relatório relativo aos primeiros meses de 2009, a GM afirma que o mercado brasileiro está muito mais aquecido do que a média mundial.

Impulsionadas pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada em dezembro, as vendas de veículos da GM no país chegaram à casa dos 123.319 de janeiro a março de 2009, 18,45% de participação no mercado. Em relação ao ano passado, as vendas tiveram queda de 9,1% (total de 135.619), mas a redução não se compara às perdas da companhia na Europa e nos Estados Unidos.