Título: Haddad: educação terá mais recursos
Autor: Gomes, Rodrigo
Fonte: O Globo, 06/06/2009, O País, p. 11

Anúncio foi feito durante o lançamento do programa "Globo Educação"

O ministro Fernando Haddad afirmou ontem que as mudanças na Desvinculação de Receitas da União (DRU), que foram aprovadas pela Câmara na quarta-feira e garantirão mais recursos para a educação, resultarão em investimentos em dois programas, prioritariamente: o Brasil Profissionalizante, voltado para o ensino médio e técnico, e o Pró-Infância, da educação infantil. O anúncio foi feito no lançamento do programa "Globo Educação", no espaço Criança Esperança, no Morro do Cantagalo, Zona Sul do Rio.

Os recursos serão passados por convênios para prefeituras e governos estaduais. A proposta aprovada estabelece ainda que a educação seja obrigatória dos 4 aos 17 anos. Hoje, a educação básica é dos 6 aos 14 anos.

Haddad também anunciou que, diante da carência de profissionais nos hospitais universitários, está sendo elaborado um plano semelhante ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O projeto, em parceria com o Ministério da Saúde, deverá ser apresentado até o fim de julho. Segundo Haddad, o plano de reestruturação vai possibilitar a reforma e ampliação das unidades e a contratação de novos profissionais. O número de vagas ainda não foi definido.

Sobre o "Globo Educação", que estreia hoje, às 6h30m, na TV Globo, e às 10h30m, no Canal Futura, o ministro afirmou:

- O Brasil agora parece querer despertar para o desafio da educação, e o programa vai ter um papel fundamental neste momento. Não se pode falar em desenvolvimento humano sem falar em educação. A minha expectativa é que o programa, além de mostrar os desafios que ainda existem na área da educação, também leve para todos bons exemplos de superar as dificuldades e formar ótimos alunos.

- O programa "Globo Educação" é uma oportunidade incrível direta, didática, de mostrar como algumas comunidades e escolas estão resolvendo os seus problemas e trazendo uma melhora significativa no rendimento dos alunos - disse o vice-presidente executivo das Organizações Globo e presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho.

Aluno de escola pública não pagará novo Enem

O ministro informou ainda que o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai custar ao governo federal cerca de R$140 milhões - o dobro do exame antigo. Ele explicou que o aluno oriundo de escola pública não vai pagar a taxa de inscrição e os que estudam em instituição particular vão pagar somente uma inscrição que vai valer para várias universidades. De acordo com Haddad, o novo exame vai ajudar na reestruturação curricular do ensino médio e melhorar a qualidade da educação.