Título: Ásia toma lugar da Europa e é o maior cliente do agronegócio brasileiro
Autor:
Fonte: O Globo, 14/07/2009, Economia, p. 19

China fica no topo da lista como principal destino dessas exportações

BRASÍLIA. A União Europeia (UE) perdeu, no primeiro semestre deste ano, o posto de principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro. Por blocos econômicos, a Ásia passou a ser o grande mercado para as exportações brasileiras, adquirindo, nos seis primeiros meses do ano, US$ 10,190 bilhões, enquanto a cifra embarcada para a UE foi de US$ 9,3 bilhões. Esse novo cenário foi puxado pela China, que desde o ano passado já ocupa o topo da lista.

A virada ocorreu em junho, quando o continente asiático (excluindo o Oriente Médio) apresentou um crescimento de 78,8% das aquisições de produtos agropecuários. A região foi responsável por 41,5% do total exportado no mês passado, contra 26% no mesmo mês de 2008. Lidera a pauta para os asiáticos a soja em grão ¿ as vendas àquele mercado cresceram quase 50%.

Chineses mais do que dobraram volume comprado Entre todos os países importadores do agronegócio brasileiro, a China mantém a liderança, pela compra de produtos no valor de US$ 1,9 bilhão.

No último mês, os chineses compraram 102,9% a mais do Brasil do que em igual período no ano passado. Na mesma comparação, os embarques para a Índia ¿ principalmente de açúcar, devido à quebra da safra local ¿ aumentaram 1.206% e chegaram a US$ 124,7 milhões.

¿ O mercado asiático é o grande comprador dos produtos agrícolas brasileiros, mostrando um número melhor que o ano passado ¿ relatou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, após a reunião da equipe do presidente Lula.

Junho registrou o melhor resultado mensal do ano na balança comercial do agronegócio, com superávit de US$ 6,6 bilhões. As exportações de US$ 7,3 bilhões no último mês foram 12% maiores do que o vendido ao exterior no mesmo período de 2008, com destaque para a expansão da penetração no mercado estrangeiro de produtos nacionais do complexo soja ( 4 8 , 9 % ) , s u c ro a l c o o l e i ro (21,6%) e fumo (54%).

Por outro lado, as compras de produtos agropecuários de outros países caíram 24,1% frente a junho do ano passado, passando de US$ 950 milhões para US$ 721 milhões. Mesmo com o aumento de 34% na quantidade de trigo importada, a queda de 43,7% no preço médio do produto possibilitou ao Brasil gastar US$ 35 milhões a menos que no mesmo mês de 2008.

Considerando todos os produtos ¿ básicos e industrializados ¿ que o país comercializa com o exterior, o superávit da balança comercial na segunda semana de julho foi de US$ 693 milhões. A corrente de comércio no período somou US$ 4,799 bilhões, sendo US$ 2,719 bilhões em exportações e US$ 2,080 bilhões em importações.

O saldo positivo acumulado no mês é de US$ 1,257 bilhão.

Mas a média diária dos embarques em julho (US$ 593,6 milhões) até agora foi 33,2% menor que a registrada em todo o mês de 2008, e 13,8% inferior à apurada em junho deste ano. Pelos mesmos critérios, as compras caíram 41,4% e 6,9%, respectivamente.

Desde janeiro, o saldo comercial brasileiro está positivo em US$ 15,244 bilhões. (Eliane Oliveira e Eduardo RodriguesBRASÍLIA. A União Europeia (UE) perdeu, no primeiro semestre deste ano, o posto de principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro. Por blocos econômicos, a Ásia passou a ser o grande mercado para as exportações brasileiras, adquirindo, nos seis primeiros meses do ano, US$ 10,190 bilhões, enquanto a cifra embarcada para a UE foi de US$ 9,3 bilhões. Esse novo cenário foi puxado pela China, que desde o ano passado já ocupa o topo da lista.

A virada ocorreu em junho, quando o continente asiático (excluindo o Oriente Médio) apresentou um crescimento de 78,8% das aquisições de produtos agropecuários. A região foi responsável por 41,5% do total exportado no mês passado, contra 26% no mesmo mês de 2008. Lidera a pauta para os asiáticos a soja em grão ¿ as vendas àquele mercado cresceram quase 50%.

Chineses mais do que dobraram volume comprado Entre todos os países importadores do agronegócio brasileiro, a China mantém a liderança, pela compra de produtos no valor de US$ 1,9 bilhão.

No último mês, os chineses compraram 102,9% a mais do Brasil do que em igual período no ano passado. Na mesma comparação, os embarques para a Índia ¿ principalmente de açúcar, devido à quebra da safra local ¿ aumentaram 1.206% e chegaram a US$ 124,7 milhões.

¿ O mercado asiático é o grande comprador dos produtos agrícolas brasileiros, mostrando um número melhor que o ano passado ¿ relatou o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, após a reunião da equipe do presidente Lula.

Junho registrou o melhor resultado mensal do ano na balança comercial do agronegócio, com superávit de US$ 6,6 bilhões. As exportações de US$ 7,3 bilhões no último mês foram 12% maiores do que o vendido ao exterior no mesmo período de 2008, com destaque para a expansão da penetração no mercado estrangeiro de produtos nacionais do complexo soja ( 4 8 , 9 % ) , s u c ro a l c o o l e i ro (21,6%) e fumo (54%).

Por outro lado, as compras de produtos agropecuários de outros países caíram 24,1% frente a junho do ano passado, passando de US$ 950 milhões para US$ 721 milhões. Mesmo com o aumento de 34% na quantidade de trigo importada, a queda de 43,7% no preço médio do produto possibilitou ao Brasil gastar US$ 35 milhões a menos que no mesmo mês de 2008.

Considerando todos os produtos ¿ básicos e industrializados ¿ que o país comercializa com o exterior, o superávit da balança comercial na segunda semana de julho foi de US$ 693 milhões. A corrente de comércio no período somou US$ 4,799 bilhões, sendo US$ 2,719 bilhões em exportações e US$ 2,080 bilhões em importações.

O saldo positivo acumulado no mês é de US$ 1,257 bilhão.

Mas a média diária dos embarques em julho (US$ 593,6 milhões) até agora foi 33,2% menor que a registrada em todo o mês de 2008, e 13,8% inferior à apurada em junho deste ano. Pelos mesmos critérios, as compras caíram 41,4% e 6,9%, respectivamente.

Desde janeiro, o saldo comercial brasileiro está positivo em US$ 15,244 bilhões. (Eliane Oliveira e Eduardo Rodrigues