Título: Uma coisa é matar, outra coisa é o lobby
Autor: Farah, Tatiana; Vasconcelos, Adriana
Fonte: O Globo, 24/07/2009, O País, p. 3
Para defender Sarney, Lula agora relativiza crimes e diz que nem todos são "de pena de morte"
Segundo o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos titulares do Conselho de Ética, o partido está juntando munição para blindar Sarney. Ele admitiu ter feito um levantamento de todos os atos aprovados pelas Mesas Diretoras da Casa nos últimos dez anos, e ameaça divulgar essas informações toda vez que algum colega decidir atacar o presidente do Senado.
¿ Quase tudo nesta Casa é decisão de colegiado. Quando o presidente Sarney foi eleito, os partidos que não o apoiaram invocaram o critério da proporcionalidade para o preenchimento dos demais cargos da Mesa. Não dá, agora, para ninguém se esquivar dessa responsabilidade proporcional.
O aumento do tom das ameaças começa a incomodar um número cada vez maior de parlamentares.
¿ Se o senador Wellington Salgado sabe de alguma coisa errada, tem obrigação de dizer. Não dá é para ele ficar fazendo acusações genéricas ¿ reagiu o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
¿ Podem entrar com 50 representações no Conselho de Ética, mas a primeira que tem de ser analisada é a do Sarney ¿ emendou o senador Pedro Simon (PMDB-RS).