Título: Falta de consenso
Autor: Oliveto, Paloma
Fonte: Correio Braziliense, 08/03/2009, Brasil, p. 14

Ainda não existe consenso entre educadores a respeito da educação especial. Enquanto alguns defendem a inclusão dos alunos com deficiência no ensino regular, outros argumentam que ainda há necessidade de manter escolas especiais. Para a diretora de Ensino Especial da Secretaria de Educação do DF, Giselda Jordão, é preciso pensar que tipo de inclusão se pretende fazer.

¿Por natureza, a escola pública é inclusiva, porque acolhe todo e qualquer aluno. Mas a educação básica tem um objetivo e, se o aluno não tem condições de acompanhar o currículo comum, por que mantê-lo na rede regular?¿, indaga. Segundo ela, dependendo do comprometimento físico ou mental, é mais importante para a criança o currículo funcional, voltado para o desenvolvimento das habilidades essenciais, como a socialização e a criatividade. No DF, há 13 escolas especiais.

O especialista em educação especial Cléber Villa Flor Santos concorda que, em alguns casos, as escolas especiais são necessárias. ¿É preciso analisar qual o melhor método para cada aluno¿, defende. Já para a secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC), Cláudia Dutra, independentemente do comprometimento do estudante, a escola regular é a melhor opção. ¿Nas escolas especiais, não se pensa na qualidade do ensino. Muitas pessoas ficam até o fim da vida lá, sem avançar. E o direito à educação não é só ao acesso, mas à aprendizagem¿, diz. (PO)