Título: Entenda o caso
Autor: Pariz, Tiago
Fonte: Correio Braziliense, 10/04/2009, Política, p. 2

TURBULÊNCIAS O estopim da crise administrativa foi a queda, em 3 de março, do diretor-geral Agaciel Maia, desgastado desde 2006, após o envolvimento na Operação Mão de Obra da Polícia Federal, que desmontou um esquema de irregularidades em contratos de terceirização.

Propriedade oculta Agaciel estava no comando administrativo da Casa desde 1995. Ele perdeu o cargo após a denúncia de que ocultou uma mansão de R$ 5 milhões no Lago Sul.

Recursos humanos Com a queda de Agaciel, foi a vez do diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi. Ele perdeu o posto após a divulgação que repassou aos filhos um apartamento funcional do Senado.

Horas extras O Senado teve que assumir o desgaste do pagamento de R$ 6 milhões em horas extras aos servidores em janeiro, em pleno recesso parlamentar.

Excesso de diretorias No meio do furacão, descobriu-se que a Casa mantinha 181 diretorias, das quais 22 diretores só para cuidar do plenário. Não só isso, havia a famosa ¿diretoria de DVD¿, que, oficialmente, recebe o nome de ¿Subsecretaria de Conversão Digital dos Acervos Audiovisuais¿.

México Houve também acusações de abuso com os telefones celulares dos senadores. O petista Tião Viana (AC) chegou a emprestar um aparelho da Casa para sua filha viajar ao México. O valor da conta teria chegado aos R$ 14 mil.