Título: Incentivos ao consumo acabam ainda este ano
Autor: Melo, Liana; Rangel, Juliana
Fonte: O Globo, 12/09/2009, Economia, p. 35

Mantega diz que corte de IPI para carros e eletrodomésticos fez economia deslanchar SÃO PAULO. Os estímulos fiscais que garantiram a manutenção do consumo interno, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca (geladeira, máquina de lavar e fogão), vão acabar até o fim do ano. Foi o que afirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, depois do resultado do PIB no segundo trimestre a economia estaria ¿deslanchando e já consegue andar com as próprias pernas¿.

¿ As reduções (de IPI) são datadas e foram medidas adotadas para dar impulso, fazer o motor pegar e a economia deslanchar ¿ declarou o ministro.

Apesar dos fim dos incentivos, Mantega afirmou que a demanda continuará crescente nos próximos meses, puxada pela expansão do crédito e pelo efeito da redução dos juros.

¿ Os bancos públicos vão continuar oferecendo taxas menores e os privados também estão reduzindo seus spreads. Há um estímulo monetário sobre a economia.

Portanto, uma parte dos estímulos continua e a outra parte vai vencer até o final do ano ¿ disse Mantega.

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, também entrou nessa discussão. No caso das montadoras, ele disse que o governo acompanhará os dados sobre vendas de automóveis nos próximos meses para, então, decidir se será necessária nova prorrogação da redução do IPI. Pelas regras em vigor, as alíquotas do IPI começaram a subir a partir de outubro.

¿ Não anteciparemos em três meses uma discussão desse tipo. Vamos acompanhar a situação em outubro e novembro, como fizemos nos meses anteriores e seguindo o que dissemos.

Se for necessário, agiremos ¿ afirmou o ministro.

Miguel Jorge reiterou que manterá sua posição contrária à prorrogação do benefício: ¿ Vou dizer, até o dia da prorrogação, até o último minuto, que sou contr