Título: Defesa nega desequilíbrio no orçamento
Autor: Franco, Bernardo Mello
Fonte: O Globo, 13/09/2009, O País, p. 4

BRASÍLIA. O Ministério da Defesa admite que os projetos de maior porte do Exército ficaram fora dos planos para o último ano do governo Lula, mas contesta as queixas sobre o desequilíbrio nos orçamentos das Forças Armadas.

Em nota, a assessoria do ministro Nelson Jobim disse que as verbas previstas para o reaparelhamento de Marinha, Exército e Aeronáutica não podem ser comparadas: ¿Não existe relação entre os gastos de uma Força e os de outra. Cada Força tem sua realidade e projetos com cronogramas específicos¿.

Perguntada sobre os principais projetos do Exército, a Defesa citou o Amazônia Protegida, que prevê a construção de 28 Pelotões Especiais de Fronteira até 2018, ao custo estimado de R$ 1 bilhão.

¿Mas ainda não há um detalhamento do cronograma¿, diz a nota. O projeto não aparece no Orçamento enviado ao Congresso.

As diretrizes para o reaparelhamento decididas ano passado, no lançamento da Estratégia Nacional de Defesa, são de médio e longo prazo. ¿As Forças fizeram propostas de aparelhamento e de articulação até 2030, mas o Ministério da Defesa ainda vai fazer a análise e a consolidação pra corrigir omissões, superposições, etc. A partir daí é que serão dimensionadas as necessidades e elaborados os programas¿, diz a nota.