Título: Carlos Wilson, deputado federal
Autor: Pariz, Tiago
Fonte: Correio Braziliense, 13/04/2009, Política, p. 4

O deputado Carlos Wilson (PT-PE) morreu na noite de sábado vítima de câncer, em Recife, aos 59 anos. Ele estava internado desde o começo do mês passado, numa luta que consumiu cinco anos. Foi governador de Pernambuco, quatro vezes deputado federal e senador por um mandato. O petista também presidiu a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) de 2003 a 2006.

O velório de Wilson ocorreu na sede do governo de Pernambuco. Ele foi enterrado na tarde de ontem no cemitério Morada da Paz, região metropolitana de Recife. Em nota oficial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte: ¿Carlos Wilson foi um companheiro excepcional. Amigo leal e solidário, político ponderado, cordial e conciliador, com trânsito em todas as correntes partidárias. Guerreiro, quando necessário, lutou com coragem e bravura até o fim. Seu jeito suave de fazer política vai fazer falta a Pernambuco e ao país¿, disse o presidente.

Lula compareceu ao velório ao lado dos ministros de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também presente ao velório, lamentou a morte do deputado e lembrou que ele era amigo de seu avô, o também ex-governador pernambucano Miguel Arraes, morto em 2005.

Wilson iniciou a carreira política em 1975, quando se tornou deputado federal pela Arena. Entrou para o PMDB em 1980, onde militou até 1992. Em 1986, candidatou-se a vice-governador de Pernambuco com Miguel Arraes. Em abril de 1990, Arraes se descompatibilizou do cargo para concorrer ao Legislativo e Wilson assumiu o governo por 11 meses. Exerceu mandatos de senador de 1995 até 2003, por dois partidos: PSDB e PTB. Entrou no PT em 2003, e foi nomeado presidente da Infraero por Lula. Estava em seu quarto mandato como deputado.

Polêmica na suplência

A vaga deixada pelo deputado Carlos Wilson (PT-PE) é alvo de polêmica. A cadeira é disputada por Charles Lucena (PTB) e Gilvan Costa (PTB). A Câmara analisa informação de que Lucena estaria inelegível por três anos. Se for confirmada, a vaga caberá a Costa