Título: Partido antecipa eleição interna
Autor: Menezes, Maiá e Freire, Flávio
Fonte: O Globo, 03/09/2007, O País, p. 3
Petistas escolherão seu novo presidente em dezembro deste ano.
SÃO PAULO. O PT decidiu ontem antecipar em um ano seu processo de eleições internas. A disputa petista será dia 2 de dezembro, com um segundo turno previsto para o 16 do mesmo mês. O mandato da próxima direção do partido será de dois anos e vai preparar o caminho eleitoral para 2010. Ontem, logo após o encerramento do 3º Congresso, as correntes internas já começaram a articular a disputa para escolher o novo presidente nacional do partido.
A decisão foi tomada em consenso entre os vários grupos. O antigo Campo Majoritário (que se denomina hoje Construindo um Novo Brasil) pretendia ampliar o prazo do mandato dos atuais três anos para quatro anos, mas fechou acordo pela redução do prazo.
Vários nomes são cogitados para a presidência do PT. O atual presidente, Ricardo Berzoini, tem afirmado que não será candidato, mas encontra defensores dentro de seu grupo.
- A renovação se dará no processo eleitoral. Espero que ele represente um grau de oxigenação do partido, porque cada eleição traz gente nova para a direção, e gente nova é sempre posições novas- disse Berzoini.
Dentro de sua corrente, o ex-Campo Majoritário, são cotados também o atual vice-presidente do partido e assessor especial de Lula, Marco Aurélio Garcia, o deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, a senadora Ideli Salvatti e o secretário Luiz Dulci.
No grupo Mensagem do Partido, liderado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que ontem reafirmou sua intenção de se lançar candidato, são cotados o ex-ministro Olivio Dutra e os deputados federais José Eduardo Cardozo (SP) e Henrique Fontana (RS). Também têm sido citados o ex-governador do Acre Jorge Viana e o deputado federal Jilmar Tatto (SP).
O nome de maior consenso no PT e no governo é de Marco Aurélio Garcia, mas ele não estaria interessado no cargo. Outro que obteria consenso é Dutra, mas o ex-governador do Rio Grande do Sul disse não querer ser candidato:
Viana, que transita bem entre as correntes petistas, sofre restrições das alas mais radicais por ter se aliado ao PSDB no passado.