Título: Obra com data marcada
Autor: Barbosa, Flávia e Oliveira, Eliane
Fonte: O Globo, 21/09/2007, Economia, p. 31

Mais R$1 bi para projetos de baixa renda.

BRASÍLIA. O governo inovou no segundo balanço do PAC e anunciou um cronograma de licitações e leilões de obras de infra-estrutura, sociais e urbanas para 2007/2008. Serão oferecidos à iniciativa privada R$48,080 bilhões em 48 empreendimentos, como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, irrigação e interligação de bacias. O maior montante, R$19 bilhões, deve vir da concessão das usinas do Rio Madeira.

Para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a montagem do cronograma foi possível devido ao monitoramento dos estudos, projetos e obras do PAC. Segundo ela, o que o governo faz é gestão de risco, tentando se antecipar aos problemas para encontrar soluções que permitam o início dos empreendimentos.

- Não podemos dizer que o PAC é um projeto estatal. Ele é demandado pelo governo e executado pela iniciativa privada - afirmou Dilma. - A iniciativa privada é a protagonista do PAC.

Este ano, além da usina de Santo Antônio, os destaques são as licitações para obras em seis terminais aeroportuários, que devem representar R$1,563 bilhão em investimentos. O leilão de sete lotes de rodovias do país é outro atrativo, com R$8,6 bilhões de arrecadação esperada no dia 9 de outubro.

As áreas de saneamento, habitação e urbanização de favelas, que no primeiro balanço do PAC, em abril, apresentaram uma participação pífia, agora têm mais espaço e já podem contar com R$32,2 bilhões. O governo destinará mais R$1 bilhão para famílias de baixa renda, por meio do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).