Título: Brasil, o 40º melhor país onde se viver
Autor: Passos, José Meirelles
Fonte: O Globo, 22/09/2007, Economia, p. 33

Em lista elaborada pela "Reader"s Digest", Cuba está mais à frente.

LONDRES. O Brasil é o 40º melhor país onde se viver no mundo, de acordo com ranking publicado na edição de outubro da revista americana "Reader"s Digest". A lista, encabeçada pela Finlândia, foi elaborada pela publicação com base na análise de indicadores de qualidade ambiental e de vida, além de fatores sociais, como educação e renda, segundo reportagem do site BBC Brasil. No ranking com 72 cidades - publicado na mesma edição -, o Brasil aparece duas vezes, com Curitiba (54º) e São Paulo (62º). O Rio ficou fora.

Os quatro primeiros lugares da lista de países foram ocupados por escandinavos: Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia; seguidos por Áustria, Suíça, Irlanda, Austrália, Uruguai e Dinamarca. Na América Latina, o Brasil ficou atrás de Argentina (27ª), Costa Rica (34ª) e Cuba (36ª). No entanto, o país ficou à frente de Chile (43º), Paraguai (44º), Peru (52º), Venezuela (68º), entre outros.

Os países nórdicos também lideram o ranking das melhores cidades, diz o site. Mas a Alemanha tem o maior número de municípios entre os dez melhores, com Munique, Frankfurt, Stuttgart e Düsseldorf.

A reportagem da revista também chegou a algumas conclusões e fez recomendações, depois de analisar os dados de cada país e cidade. A primeira delas é que é possível ser "mais verde". Como exemplo, a "Reader"s Digest" cita a Finlândia, que, embora tenha bons indicadores para qualidade de ar e água, produz gases do efeito estufa acima da média.

Outra conclusão é a necessidade de se plantarem florestas, especialmente nos países desenvolvidos, onde a população tende a se concentrar em cidades. Pensar no futuro foi apontado como algo relevante pela revista. O maior exemplo seriam os Estados Unidos (em 23º no ranking), que, por um lado, tratam a qualidade da água dos seus rios e, por outro, produzem cinco vezes mais dióxido de carbono per capita do que a média mundial.

Administrar o progresso em benefício de todos e mudar enquanto é tempo são as outras duas lições tiradas pela equipe que elaborou as listas. Enfatizou-se a preocupação com a China (em 84ª posição), devido a seu ritmo acelerado de crescimento.