Título: Reitor diz que punição é demagógica
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 01/10/2007, O País, p. 10

Assessoria do MEC não comenta críticas.

BRASÍLIA. O tesoureiro da Associação Nacional das Universidades Particulares, Heitor Pinto Filho, que é reitor e dono da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), diz que o cruzamento de dados realizado pelo MEC para chegar à lista dos piores cursos de direito não tem embasamento legal. Segundo ele, a ameaça de punição é "demagógica":

- O ministro (Fernando Haddad) não pode fazer nada, porque não tem lei.

Em anúncio publicado ontem em jornais paulistas, Pinto Filho afirma que a divulgação da lista é "mais um exemplo da falta de ética" dos gestores públicos da educação. A OAB, diz ele, defende interesses corporativos e não tem legitimidade para avaliar cursos jurídicos. O argumento do reitor é que essas instituições atendem egressos de escolas públicas.

A assessoria do MEC diz que Haddad não comentaria as críticas. O MEC argumenta que a lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) permite ações de supervisão, acompanhadas de suspensão de vestibulares, de corte de vagas e até mesmo do fechamento de cursos por falta de qualidade.