Título: Jobim anunciará plano para o Galeão
Autor: Éboli, Evandro
Fonte: O Globo, 04/10/2007, O País, p. 12

Ministro quer reduzir taxas para atrair empresas e passageiros ao aeroporto.

BRASÍLIA e RECIFE. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, prometeu ontem anunciar no próximo dia 24 um plano para revitalizar o Aeroporto Tom Jobim/Galeão. A idéia é fixar metas para atrair passageiros para o aeroporto do Rio até dezembro de 2008. Para isso, o governo pretende reduzir o preços das tarifas aeroportuárias, cobradas das empresas, e as de embarque, pagas pelos passageiros, além do compromisso do estado em manter a alíquota do ICMS em 4%, uma das mais baixas do país. Os detalhes dependem de estudos das secretarias estaduais de Transporte e de Fazenda.

Jobim também admitiu autorizar vôos charters em Congonhas nos fins de semana, inclusive para destinos que ultrapassam o raio de mil quilômetros determinado pelo Conselho da Aviação Civil. O assunto foi discutido entre o ministro e representantes do setor hoteleiro. Em Recife, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse ter pedido a Jobim que abra uma exceção nos fins de semana, quando Congonhas fica ocioso, e apenas para vôos fretados, muito utilizados por operadoras de turismo.

- Vamos aumentar o número de passageiros no Galeão, estabelecer uma meta que será anunciada em pouco tempo e fazer com que o Galeão volte ser um grande aeroporto do Brasil - disse Jobim, após reunião com os secretários estaduais de Transporte, Júlio Lopes, e da Fazenda, Joaquim Levy.

- A gente quer aumentar a eficiência do Galeão e reduzir custos para melhorar o aeroporto. O esforço é fazer com que isso seja bom para o passageiro e para as empresas - disse Levy.

Segundo Lopes, o Galeão recebe dez milhões de passageiros por ano e está com 60% da capacidade ociosa:

- Vamos estabelecer metas factíveis. Se conseguirmos mais um milhão em um ano, será um ganho enorme.

O ministro reafirmou a disposição de alterar o modelo tarifário, hoje com valores unificados para todos os aeroportos. A medida, no entanto, depende da recomposição da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil. O assunto precisa ser submetido à aprovação da diretoria.

COLABOROU: Letícia Lins