Título: Campeões de popularidade
Autor: Queiroz, Silvio
Fonte: Correio Braziliense, 15/04/2009, Mundo, p. 18

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente mais popular de todo o continente americano, com 70% de popularidade, divulgou ontem uma pesquisa realizada neste mês pela empresa mexicana Consulta Mitofsky. No estudo anterior, publicado em janeiro, Lula, o colega colombiano Álvaro Uribe e o equatoriano Rafael Correa dividiam o primeiro lugar, com 70% de aprovação.

Agora, às vésperas da Cúpula das Américas, Uribe ficou um pouco atrás de Lula, com 69%, seguido pelo mexicano Felipe Calderón, com 68%, e pelo salvadorenho Elías Antonio Saca, com 66%. No fim da lista estão a argentina Cristina Kirchner, com 29%, e o hondurenho Manuel Zelaya, com 25%. No bloco intermediário aparecem os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, com 61%; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo, com 60%; Chile, Michelle Bachelet, com 59%; e Bolívia, Evo Morales, com 58%. Depois aparecem o governante uruguaio, Tabaré Vázquez, com 53%; o costarriquenho Óscar Arias, com 49%; o panamenho Martín Torrijos, com 48%; o guatemalteco Álvaro Colom, com 45%; o dominicano Leonel Fernández e o nicaraguense Daniel Ortega, com 48%; e o peruano Alan García, 34%.

Motivos ¿A habilidade dos presidentes em destacar ou minimizar o manejo da crise econômica é uma das variáveis que explicam o movimento na lista de chefes de Estado avaliados¿, avaliou Carlos Penna Charolet, diretor de marketing da Mitofsky. Segundo a consultoria, Lula se mantém com o mesmo nível de popularidade desde janeiro pelo desempenho frente à crise econômica. Os entrevistados destacaram as medidas no setor financeiro, investimentos em infraestrutura e habitação. No caso colombiano, Uribe caiu um ponto percentual, mas mantém altos índices de popularidade. Um ano após a libertação de Ingrid Betancourt, a luta contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) continua a ser a explicação para o bom resultado. ¿A alta na popularidade do presidente Calderón, no último trimestre, explica-se pelo manejo midiático que teve o tema de segurança¿, disse Penna. As ações para capturar os chefes dos cartéis de drogas e o apoio dos EUA no combate a criminosos têm sido bem avaliados pela população.