Título: Esvaziado, PSDB do Rio reage a troca-troca
Autor: Damé, Luiza
Fonte: O Globo, 10/10/2007, O País, p. 8

Partido decide submeter os nomes de quatro parlamentares ao conselho de ética Partido decide submeter os nomes de quatro parlamentares ao conselho de ética.

A debandada do ninho tucano no Rio, na reta final da data-limite para o troca-troca partidário rumo a 2008, levou a direção do PSDB a reagir. O presidente regional do partido, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, anunciou ontem que os quatro parlamentares que ameaçaram migrar para o PMDB, juntamente com o ex-secretário-geral do PSDB Eduardo Paes, serão submetidos ao conselho de ética tucano. O deputado estadual Pedro Paulo e os vereadores Luiz Carlos Ramos, Patrícia Amorim e Luiz Guaraná desistiram da troca e agora correm o risco de suspensão e até de expulsão.

- As atitudes tomadas foram inconseqüentes. Eles tentaram desestruturar o partido, assediando a maioria dos nossos pré-candidatos. Foi uma atitude aética - acusou Luiz Paulo.

Ronaldo Cezar: "O PSDB está pequeno no estado"

Fora do poder no Rio desde o governo Marcello Alencar, há nove anos, o PSDB do Rio perdeu, além de Paes, outro ex-cacique nacional: o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, um dos fundadores da legenda - já chegou a ser presidente regional e vice-presidente nacional - se filiou ao DEM, na semana passada. Motivo: o partido, segundo ele, estava pequeno demais para seus projetos.

- Foi dolorido deixar o partido que ajudei a fundar no fim da Constituinte. Mas refleti e decidi continuar na política, com projetos para 2010. O PSDB do Rio nas próximas eleições está pequeno e exerce hoje um papel menor no estado - disse Ronaldo Cezar, que pretende se lançar candidato ao Senado.

O presidente regional do PSDB reconheceu que é difícil para um partido manter a força estando na oposição:

- O único partido forte neste país é o PG (Partido do Governo), que tem sempre algo a dar. O partido político só é forte quando está no poder.

Para trilhar o sonhado caminho de candidato do PMDB a prefeito, Eduardo Paes precisa ultrapassar barreiras em seu novo partido. Tem agora três dias para apresentar defesa ao pedido de impugnação de sua filiação, apresentado por aliados do ex-governador Anthony Garotinho. Paes levou sete ex-tucanos com ele para o PMDB.

- Esse convite ao Paes está cercado de simbolismo. Não é afeição apenas. Ele foi secretário-geral do PSDB e integrante da CPI dos Correios. É uma oferenda do governador (Cabral) ao Lula - disse Luiz Paulo.

A assessoria do deputado Pedro Paulo confirmou ontem que ele e os três vereadores permaneceram no PSDB. A direção do partido também decidiu intervir no diretório municipal. A idéia é destituir a direção atual, da qual fazem parte os três vereadores.

Segundo Luiz Paulo, o partido se antecipou à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tentará reaver os cargos de prefeitos que migraram para outros partidos. No Rio, há três na mira do PSDB.

Maiá Menezes

A debandada do ninho tucano no Rio, na reta final da data-limite para o troca-troca partidário rumo a 2008, levou a direção do PSDB a reagir. O presidente regional do partido, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, anunciou ontem que os quatro parlamentares que ameaçaram migrar para o PMDB, juntamente com o ex-secretário-geral do PSDB Eduardo Paes, serão submetidos ao conselho de ética tucano. O deputado estadual Pedro Paulo e os vereadores Luiz Carlos Ramos, Patrícia Amorim e Luiz Guaraná desistiram da troca e agora correm o risco de suspensão e até de expulsão.

- As atitudes tomadas foram inconseqüentes. Eles tentaram desestruturar o partido, assediando a maioria dos nossos pré-candidatos. Foi uma atitude aética - acusou Luiz Paulo.

Ronaldo Cezar: "O PSDB está pequeno no estado"

Fora do poder no Rio desde o governo Marcello Alencar, há nove anos, o PSDB do Rio perdeu, além de Paes, outro ex-cacique nacional: o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, um dos fundadores da legenda - já chegou a ser presidente regional e vice-presidente nacional - se filiou ao DEM, na semana passada. Motivo: o partido, segundo ele, estava pequeno demais para seus projetos.

- Foi dolorido deixar o partido que ajudei a fundar no fim da Constituinte. Mas refleti e decidi continuar na política, com projetos para 2010. O PSDB do Rio nas próximas eleições está pequeno e exerce hoje um papel menor no estado - disse Ronaldo Cezar, que pretende se lançar candidato ao Senado.

O presidente regional do PSDB reconheceu que é difícil para um partido manter a força estando na oposição:

- O único partido forte neste país é o PG (Partido do Governo), que tem sempre algo a dar. O partido político só é forte quando está no poder.

Para trilhar o sonhado caminho de candidato do PMDB a prefeito, Eduardo Paes precisa ultrapassar barreiras em seu novo partido. Tem agora três dias para apresentar defesa ao pedido de impugnação de sua filiação, apresentado por aliados do ex-governador Anthony Garotinho. Paes levou sete ex-tucanos com ele para o PMDB.

- Esse convite ao Paes está cercado de simbolismo. Não é afeição apenas. Ele foi secretário-geral do PSDB e integrante da CPI dos Correios. É uma oferenda do governador (Cabral) ao Lula - disse Luiz Paulo.

A assessoria do deputado Pedro Paulo confirmou ontem que ele e os três vereadores permaneceram no PSDB. A direção do partido também decidiu intervir no diretório municipal. A idéia é destituir a direção atual, da qual fazem parte os três vereadores.

Segundo Luiz Paulo, o partido se antecipou à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tentará reaver os cargos de prefeitos que migraram para outros partidos. No Rio, há três na mira do PSDB.