Título: Carlismo foi quem mais perdeu
Autor: Gripp, Alan e Lima, Maria
Fonte: O Globo, 13/10/2007, O País, p. 14

SALVADOR. Na Bahia, um senador, sete deputados federais e sete estaduais trocaram de legenda durante este ano, além de centenas de prefeitos e vereadores. O Democratas (DEM) foi a legenda que mais perdeu com a movimentação partidária rumo aos novos donos do poder no estado. A migração começou logo após a eleição do petista Jaques Wagner, em 2006, e a nomeação de Geddel Vieira Lima (PMDB) para o Ministério da Integração Nacional. Até então a base do ex-governador Paulo Souto (DEM), formada por várias legendas, chegara a ter 370 prefeitos.

A direção regional do DEM não sabe mensurar o real tamanho do estrago. Muitos dos que mudaram de legenda ainda não informaram oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a filiação.

Quando houve a transformação do PFL em DEM, o site do partido contabilizava 152 prefeitos e 731 vereadores na Bahia. Mas os dirigentes sabem que estes números caíram muito desde então. Só no final do mês se saberá o que restou do partido no estado.

A maior parte das mudanças partidárias no estado se deu por conta da ação agressiva do PMDB, liderado por Geddel. Seus adversários dizem que ele se lançou com voracidade sobre as bases do grupo carlista, antes mesmo da morte do senador Antonio Carlos Magalhães, em julho.

Depois da mudança da sigla de PFL para DEM, o movimento aumentou. Ganhou mais velocidade com o falecimento de ACM, em julho. O caso mais rumoroso na Bahia foi o do senador César Borges, que trocou o DEM pelo PR, com a garantia de ser o novo presidente regional da legenda.

(*) Da Agência A Tarde