Título: Câmara arquiva pedido de cassação de Magalhães
Autor: Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 17/10/2007, O País, p. 12

Deputado era acusado de favorecer a empreiteira Gautama.

BRASÍLIA. Numa sessão esvaziada, em que contou com apenas oito dos seus 15 integrantes, o Conselho de Ética da Câmara arquivou ontem representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Paulo Magalhães (DEM-BA). Ele era acusado de favorecer a empreiteira Gautama, de Zuleido Veras, pivô do escândalo de fraudes em licitações desvendado pela Operação Navalha da Polícia Federal. Por unanimidade, o colegiado alegou falta de provas para rejeitar a abertura de processo de cassação contra o deputado.

Em relatório entregue ao Ministério Público, a PF acusou Magalhães de receber propina de R$320 mil da Gautama. Em escuta telefônica feita em abril, Zuleido conversa com o deputado sobre uma estratégia para pressionar ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) a reverter decisões contrárias a seus interesses. Após o arquivamento da denúncia, o relator Moreira Mendes (PPS-RO) afirmou que a representação, assinada pelo PSOL, baseava-se apenas em notícias de jornais:

- O processo transcreve cinco ou seis linhas (de diálogo) que não levam a conclusão alguma.