Título: CNI pede extinção gradual
Autor: Camarotti, Gerson
Fonte: O Globo, 24/10/2007, O País, p. 8

Monteiro critica proposta de faixa de isenção.

BRASÍLIA. Os principais líderes empresariais do país defendem a extinção da CPMF de forma gradual e com um cronograma de quatro anos. A posição foi tomada ontem, no II Encontro Nacional da Indústria (Enai), que reuniu cerca de mil empresários e líderes sindicais. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB-PE), que votou contra o tributo, disse que é inaceitável manter a alíquota de 0,38% nos próximos anos. Para ele, é possível reduzi-la até um valor residual no final de quatro anos:

- Há espaço na arrecadação do governo para compensar o impacto da redução da CPMF, sem pôr em risco a atividade do governo e a manutenção do superávit primário.

A entidade criticou a proposta de estabelecer um limite de até R$1.700 de isenção da cobrança da CPMF. A proposta é discutida na base governista no Senado.

- Não deve haver benefício para apenas alguns segmentos. Ele tem que ser transferido para o conjunto da sociedade - disse Monteiro. (Gustavo Paul)