Título: Casas e hospitais não serão atingidos agora
Autor: Nogueira, Danielle
Fonte: O Globo, 31/10/2007, Economia, p. 25

Caso persistam os cortes no fornecimento de gás natural da Petrobras à Ceg e à Ceg-Rio, as distribuidoras têm pronto um plano de contingência. Segundo ele, os setores residencial e comercial, que inclui escolas e hospitais, são os últimos da lista a sofrerem qualquer redução de fornecimento. Os primeiros a terem o suprimento cortado ou reduzido são os postos de Gás Natural Veicular e as grandes indústrias, seguidos pelas térmicas a gás.

Embora as distribuidoras não tenham anunciado a execução do plano ontem, na prática, ele está em andamento, pois houve corte de fornecimento de 89 postos de GNV e de grandes indústrias.

A Ceg e a Ceg-Rio consideraram a decisão da Petrobras "arbitrária e unilateral". Também informaram que vão recorrer à Justiça para assegurar o suprimento.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, também informou que entrará com uma medida cautelar em ação civil pública contra a Ceg e a Petrobras, "pedindo a manutenção do mesmo volume de retirada praticado pela Ceg nos últimos anos".

Bueno afirmou ainda que vai aumentar o valor do ICMS e da tarifa de distribuição para o gás térmico. Esses dois elementos são levados em conta na definição do preço final do gás. Hoje, o ICMS para o gás térmico corresponde a 95% do valor do imposto cobrado sobre o gás industrial. O objetivo é tornar o óleo combustível - alternativa ao gás natural térmico - mais competitivo. Desde 2003, o preço do gás natural é subsidiado, para fomentar seu uso.