Título: Karina nega privilégio
Autor: Torres, Izabelle
Fonte: Correio Braziliense, 19/04/2009, Política, p. 2

A coordenadora do Bola pra Frente, Karina Valéria Rodrigues, afirma que os R$ 8,5 milhões recebidos do Ministério do Esporte nada têm a ver com relações partidárias. De acordo com ela, os recursos são uma resposta ao bom trabalho desempenhado pela entidade, que atende 18 mil crianças e já se instalou em 16 municípios paulistas. ¿Poucas instituições são tão fiscalizadas como a nossa. Nossos balanços são disponibilizados na internet e até recebemos elogios da Controladoria-Geral da União pela transparência que adotamos.¿

A ex-jogadora de basquete e hoje vereadora diz ainda que o valor liberado é destinado às atividades desenvolvidas em 2008 e 2009. ¿Nosso convênio foi de dois anos. Por isso, o valor é mais alto. Com os juros que recebemos do banco por conta do dinheiro investido, estamos realizando o Programa Recreio nas Férias. Somos sérios.¿ Sobre a relação política da ONG com o ministro Orlando Silva e a possibilidade de sair candidata a deputada estadual, Karina é categórica.

¿Acho que se candidatar é um direito de qualquer pessoa. Não vejo problema se o ministro quiser disputar algum cargo. Eu não serei candidata ano que vem. Minha carreira será somente como vereadora.¿ O Ministério do Esporte nega que tenha preferência pela ONG Bola pra Frente e alega que os investimentos realizados não têm relação com o fato de Karina ser filiada ao PCdoB. ¿A entidade atendeu integralmente os requisitos legais previstos na Portaria 167/2006 para a formalização de parcerias com organizações não-governamentais. Não há qualquer relação entre as parcerias formalizadas e vinculações políticas e partidárias do corpo diretivo da entidade¿, diz a nota enviada pela assessoria da pasta. (IT)