Título: Cortes de reajustes e adiamento de obras
Autor: Flores, Mariana
Fonte: Correio Braziliense, 19/04/2009, Economia, p. 25

O fechamento da arrecadação do primeiro trimestre evidenciou o que o Governo do Distrito Federal (GDF) temia. A receita com impostos nos três primeiros meses do ano ficaram bem aquém do esperado e, com isso, o balanço entre despesas e receita não vai fechar, de acordo com o secretário de Fazenda do DF, Valdivino Oliveira. ¿A arrecadação foi 13% inferior à expectativa. O orçamento foi feito de maio a julho do ano passado, antes da crise. Quando a crise veio, ele já estava na Câmara Legislativa. Agora temos que cortar gastos¿, afirma o secretário. ¿Estamos administrando a crise com revisão de gastos. Em janeiro anunciamos um corte de 30% em custeio, e não vamos lançar novas obras, só as que já estão em andamento. Além disso, não daremos reajustes salariais. Precisamos ajustar as despesas às receitas¿, completa.

Apesar de ter ficado abaixo da expectativa, a arrecadação de janeiro a março foi 6,1% superior à registrada no primeiro trimestre do ano passado. O incremento na receita originária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi menor, de 4,8%. Os setores que mais perderam, segundo o secretário, foram os de revenda de veículos (-10%), combustíveis (-5%), energia (-4%) e de telecomunicações (0%). (MF)