Título: Sindicalistas pressionam e serão recebidos por Lula
Autor: Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 05/12/2007, O País, p. 13

BRASÍLIA. Sindicalistas correm contra o tempo para tentar garantir a aprovação, na Câmara, do texto que ressuscitou a obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical. Representantes das centrais sindicais e o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, estiveram ontem com o presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para agradecer a votação na Casa e sinalizar que discutem a proposta alternativa de criação da chamada contribuição negocial.

O ministro afirmou que o texto está em debate, e que a idéia é estabelecer um teto de 1% do salário para a nova contribuição. Ela incluirá as taxas cobradas hoje (imposto, contribuição assistencial e taxa confederativa) e terá que ser aprovada pela assembléia dos trabalhadores.

Segundo o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), as centrais querem conversar com deputados aliados e da oposição para garantir a manutenção do imposto obrigatório.

Os sindicalistas vão tentar aprovar o texto na Câmara ainda este ano. Além de legalizar as centrais, o projeto garante que 10% da arrecadação com o imposto sindical e outras contribuições sejam destinados a elas. Hoje apenas sindicatos, federações e confederações recebem o dinheiro do imposto, equivalente a um dia de trabalho. Se o projeto for aprovado ainda este ano, as centrais deverão receber R$49 milhões já em 2008.

Hoje os sindicatos vão pressionar fazendo a IV Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, com atos no Congresso. Os sindicalistas serão recebidos pelo presidente Lula.