Título: DEM contesta balanço positivo do governo
Autor: Braga, Isabel; Jungblut, Cristiane
Fonte: O Globo, 29/12/2007, O País, p. 10

Em nota, Rodrigo Maia pede controle de gastos e diz não ser verdade que fim da CPMF prejudicará o país

BRASÍLIA. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), contestou ontem dados do balanço do governo em 2007 feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede nacional de rádio e TV, anteontem. Em nota, Maia acusa o presidente Lula de faltar com a verdade aos brasileiros, apresentando informações incorretas sobre os feitos do governo em diversas áreas, programas assistenciais e o desmatamento no Brasil.

O deputado afirmou ainda, na nota, que o presidente Lula mentiu ao dizer que o fim da CPMF e, conseqüentemente, a perda da arrecadação de R$40 bilhões em 2008 prejudicará o país: "Lastimavelmente, os brasileiros testemunharam, em 2007, pelo quinto ano consecutivo, o fracasso do governo Lula na saúde, na educação e na segurança pública. Se o presidente fosse verdadeiro, faria mea-culpa pelas falhas absurdas do seu governo na prestação dos serviços essenciais e pela ausência absoluta de medidas para conter os índices crescentes de violência e de criminalidade", afirma a nota do Democratas.

Para partido, gastos públicos são "ralo" para impostos

Rodrigo Maia criticou o aumento dos gastos públicos em 2008 e a afirmação de Lula de que o fim da CPMF afetará sobretudo o setor de saúde. Na verdade, do total arrecadado pela CPMF, apenas 42% iam para a Saúde. "O presidente Lula mentiu, ao afirmar que o fim da CPMF vai prejudicar avanços na Saúde. Ele está no governo há cinco anos e a saúde, até aqui, enfrenta caos sem limite, além de escândalos escabrosos de corrupção", diz a nota.

Para Maia, não haverá transtornos para o país em razão do fim da CPMF, porque, segundo ele, há recursos de sobra: "Basta que o presidente Lula controle seus gastos. Hoje, o maior ralo do dinheiro dos impostos são os gastos públicos, que têm previsão de aumento da ordem de 13% em 2008. É fundamental que o governo corte este aumento de gastos porque o Democratas não apoiará a criação de imposto algum que implique sacrifícios ao povo brasileiro", diz o deputado na nota.