Título: Presidente viaja amanhã para recesso de 7 dias
Autor: Damé, Luiza
Fonte: O Globo, 01/01/2008, O País, p. 3

Lula deve escolher entre Restinga da Marambaia e Fernando de Noronha.

BRASÍLIA. Depois de tantas viagens para o exterior e para cidades no interior do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou optando por passar o réveillon na Granja do Torto, em Brasília, acompanhado de familiares. Mas ficará na capital por pouco tempo: já deverá viajar amanhã, para um período de recesso de 7 dias.

Até ontem à tarde, o destino das reduzidas férias presidenciais era mantido em sigilo. Assessores do Planalto afirmaram que o próprio Lula, quando indagado, limitou-se a dizer que iria decidir "só no ano que vem". A escolha estaria, inclusive, preocupando os funcionários da logística e da segurança da Presidência, que têm que fazer o planejamento com antecedência, para que a viagem seja feita sem problemas.

Entre os destinos aventados, está a Restinga da Marambaia, no Rio. Cogitou-se, inclusive, que Lula passaria o réveillon na Restinga, o que acabou não acontecendo. Outro local para o descanso neste início de ano poderá ser Fernando de Noronha.

Lula ontem foi ao Planalto pela manhã e, além de realizar despachos internos, recebeu o secretário-executivo do Planejamento, João Bernardo Bringel. Segundo a assessoria do Planalto, João Bernardo apresentou a Lula um balanço da execução orçamentária de 2007, que deverá ser divulgado até o final desta semana.

O recesso presidencial começa dia 2 de janeiro e vai até dia 9. Lula, no entanto, tem agenda prevista para amanhã até 15h30m. Pela manhã, receberá assessores diretos e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Às 15h, está prevista audiência com a assessora Clara Ant. Ontem, o presidente assinou vários atos, entre eles uma medida provisória prorrogando o regime especial de tributação e infra-estrutura portuária (Reporto) até 31 de dezembro de 2010.

Lula vetou ainda projeto de autoria do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que criava conselhos federais e regionais de arquitetura e urbanismo. Hoje, os arquitetos estão em conselhos conjuntos com engenheiros e agrônomos. Sarney apresentou o projeto a pedido do arquiteto Oscar Niemeyer, mas a assessoria jurídica do Planalto entendeu que há vício de iniciativa, ou seja, cabe apenas ao Executivo apresentar o projeto de desmembramento.

Segundo a assessoria, o veto não foi ao mérito da proposta. Tanto que, na exposição de motivos do veto, Lula determinou a elaboração de proposta a ser enviada ao Congresso no início do próximo ano.