Título: Prefeitura do Rio quer informações do governo
Autor: Beck, Martha; Brígido, Carolina
Fonte: O Globo, 03/01/2008, O País, p. 9

RIO e SÃO PAULO. A nova legislação eleitoral não vai afetar os planos da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, segundo a assessoria de imprensa do órgão. Já o governo municipal pedirá uma reunião com o Ministério do Desenvolvimento Social para esclarecer o que contraria a regra do TSE. O governador Sérgio Cabral disse que os programas não são utilizados de forma eleitoreira e lembrou o fim do cheque-cidadão:

- O Bolsa Família é um programa sério. O TSE certamente está preocupado com os casos ruins. A utilização eleitoral é horrorosa: no meu governo, não vai ter nenhum envolvimento com essa história.

O secretário municipal de Assistência Social do Rio, Marcelo Garcia, disse que a idéia da prefeitura não é criar programa novo, mas seguir com os que estavam planejados. Ele citou como exemplo o serviço de combate ao abuso e exploração sexual. O atendimento hoje é feito em três centros, mas a meta é criar mais quatro até o fim do ano.

Em São Paulo, a prefeitura planeja incluir 110 mil famílias em programas sociais. Elas estavam cadastradas e os programas previstos no Orçamento. Mas se os benefícios forem considerados eleitoreiros pela Justiça, o prefeito, Gilberto Kassab (DEM), vai suspender sua ampliação.