Título: Brasília evita falar sobre a operação
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Fonte: O Globo, 03/01/2008, O Mundo, p. 27

BRASÍLIA. O governo brasileiro não quer entrar na polêmica sobre a possibilidade de o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negociar clandestinamente a entrega dos reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertar, sem no entanto cumprir com o acordo. Anteontem, o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, enviado especial para acompanhar a libertação dos reféns, negou que Chávez mantenha uma estratégia clandestina com essa finalidade, mas ressalvou que qualquer um pode fazer uma negociação paralela, desde que resulte na eficácia da operação, na libertação dos reféns. Mas o governo não assume essa como sua posição.

O Itamaraty limitou-se a informar, ontem, que a posição oficial do governo já foi manifestada na nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores. No documento, o governo lamenta o fracasso das tratativas, reitera sua solidariedade com as famílias dos seqüestrados e manifesta apoio a Chávez na condução do diálogo.