Título: Novo secretário-executivo é ligado a Dilma e ao PMDB
Autor: Gois, Chico de
Fonte: O Globo, 19/01/2008, O País, p. 3

Lobão indica Márcio Zimmermann, um técnico, para o cargo

Gerson Camarotti Lobão indica Márcio Zimmermann, um técnico, para o cargo.

BRASÍLIA. Cauteloso às vésperas de tomar posse como ministro de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), confirmando o acordo com o Palácio do Planalto para compor sua equipe, anunciou ontem o nome do técnico Márcio Pereira Zimmermann para a Secretaria Executiva da pasta. Homem de confiança da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas também com ligações com o PMDB, Zimmermann, atual secretário de Política Energética, passa a ser o segundo na hierarquia do ministério. Ele vai funcionar como uma espécie de "olhos e ouvidos" do Planalto no setor energético.

Essa primeira escolha é parte da estratégia do governo de manter Dilma como uma eminência parda do setor. Sobre o nome ser ligado a Dilma, Lobão foi diplomático:

- Isso não é um defeito, é uma qualidade!

Mas ele negou que a indicação do nome do técnico tenha sido um pedido da ministra:

- A Dilma não pediu nada. O Zimmermann é um técnico de grande competência, altamente qualificado e o que é melhor: tem a memória do setor energético. Isso é fundamental.

Engenheiro catarinense e funcionário de carreira da Eletrosul, Zimmermann tornou-se nome de consenso por ter boa relação com setores do PMDB. Tanto, que em maio de 2007, foi cotado pelo partido para assumir o comando da pasta quando o ex-ministro Silas Rondeau deixou o governo depois de ser investigado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.

Pesou no convite de Lobão a proximidade do técnico com Rondeau. O nome de Zimmermann foi sugerido pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para sinalizar uma política de boa convivência entre o PMDB e o Planalto.

- O Silas Rondeau elogiou muito o Zimmermann. Até então, eu o conhecia muito pouco - disse Lobão, que esteve ontem no ministério.

Apesar dessa primeira vitória, o temor da área técnica do governo é que o PMDB, com o poder de fogo que tem no Congresso, insista, lá na frente, no loteamento político do ministério.

Nelson Hubner, ministro interino, vai assumir outro posto no governo

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, vai deixar o cargo de secretário-executivo com a posse de Lobão, segunda-feira. Hubner deverá assumir outro posto no governo, a convite do presidente Lula. Ele trabalhou com Dilma desde a época da transição do governo.

A escolha da Secretaria Executiva era a maior preocupação do Planalto. Mas este não é o único cargo que disputam PT e PMDB. Na lista de intocáveis da chefe da Casa Civil no setor energético estão ainda o secretário de Energia Elétrica, Ronaldo Schuck; o diretor de engenharia da Eletronorte, Adhemar Palocci; a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. Dilma quer manter ainda o presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, numa diretoria da estatal. Ela concorda que o PMDB indique os presidentes das estatais, mas diretorias estratégicas não entram no rateio político.

- Não há disputa entre o PT e PMDB. Tudo será discutido de forma consensual - afirmou Lobão.

BRASÍLIA. Cauteloso às vésperas de tomar posse como ministro de Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), confirmando o acordo com o Palácio do Planalto para compor sua equipe, anunciou ontem o nome do técnico Márcio Pereira Zimmermann para a Secretaria Executiva da pasta. Homem de confiança da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas também com ligações com o PMDB, Zimmermann, atual secretário de Política Energética, passa a ser o segundo na hierarquia do ministério. Ele vai funcionar como uma espécie de "olhos e ouvidos" do Planalto no setor energético.

Essa primeira escolha é parte da estratégia do governo de manter Dilma como uma eminência parda do setor. Sobre o nome ser ligado a Dilma, Lobão foi diplomático:

- Isso não é um defeito, é uma qualidade!

Mas ele negou que a indicação do nome do técnico tenha sido um pedido da ministra:

- A Dilma não pediu nada. O Zimmermann é um técnico de grande competência, altamente qualificado e o que é melhor: tem a memória do setor energético. Isso é fundamental.

Engenheiro catarinense e funcionário de carreira da Eletrosul, Zimmermann tornou-se nome de consenso por ter boa relação com setores do PMDB. Tanto, que em maio de 2007, foi cotado pelo partido para assumir o comando da pasta quando o ex-ministro Silas Rondeau deixou o governo depois de ser investigado pela Operação Navalha, da Polícia Federal.

Pesou no convite de Lobão a proximidade do técnico com Rondeau. O nome de Zimmermann foi sugerido pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para sinalizar uma política de boa convivência entre o PMDB e o Planalto.

- O Silas Rondeau elogiou muito o Zimmermann. Até então, eu o conhecia muito pouco - disse Lobão, que esteve ontem no ministério.

Apesar dessa primeira vitória, o temor da área técnica do governo é que o PMDB, com o poder de fogo que tem no Congresso, insista, lá na frente, no loteamento político do ministério.

Nelson Hubner, ministro interino, vai assumir outro posto no governo

O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, vai deixar o cargo de secretário-executivo com a posse de Lobão, segunda-feira. Hubner deverá assumir outro posto no governo, a convite do presidente Lula. Ele trabalhou com Dilma desde a época da transição do governo.

A escolha da Secretaria Executiva era a maior preocupação do Planalto. Mas este não é o único cargo que disputam PT e PMDB. Na lista de intocáveis da chefe da Casa Civil no setor energético estão ainda o secretário de Energia Elétrica, Ronaldo Schuck; o diretor de engenharia da Eletronorte, Adhemar Palocci; a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. Dilma quer manter ainda o presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, numa diretoria da estatal. Ela concorda que o PMDB indique os presidentes das estatais, mas diretorias estratégicas não entram no rateio político.

- Não há disputa entre o PT e PMDB. Tudo será discutido de forma consensual - afirmou Lobão.