Título: Rio tem áreas sem governo
Autor: Barros, Higino
Fonte: O Globo, 21/01/2008, Rio, p. 9

Segundo ministro, problema só acontece no estado.

PORTO ALEGRE. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que Rio de Janeiro tem zonas de anomia: áreas onde não existem leis e nem garantia do estado para que elas sejam aplicadas. Segundo o ministro, este problema é exclusivamente do Rio e, por isto, ele defende que haja uma ocupação física e simbólica dos territórios conflagrados no estado. Genro pondera ainda que essa ocupação não se resolverá apenas com ações policiais:

- As ações policiais são importantes, mas há a ocupação, a permanência, a instalação de aparato do Estado para que a população recobre a confiança nos agentes públicos e que o cidadão se reporte ao Estado para ser protegido e não ao crime organizado, como ocorre em algumas regiões do Rio. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão sair. O Estado vai recuperar e ordenar essas áreas para dar garantia a essas obras, porque elas estão sendo feitas em locais considerados prioritários pelo Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci). Não há uma desconexão entre o Pronasci e o PAC. Pelo contrário, elas estão integradas.

Genro acrescentou que o governo federal considera prioritário investir em ações de segurança no Rio, para que o estado volte a ser referência republicana e democrática no país.