Título: Governo seleciona três agências com contrato de R$150 milhões anuais
Autor: Braga, Isabel
Fonte: O Globo, 30/01/2008, O País, p. 4

Empresas farão campanhas institucionais, incluindo PAC e Bolsa Família.

BRASÍLIA. As agências Propeg Comunicação, Matisse Planejamento e Comunicação e 141 Brasil Comunicação deverão atender a conta de publicidade do governo este ano. Elas foram as três primeiras classificadas na segunda etapa da licitação. O contrato é de R$150 milhões anuais e poderá ser renovado por mais 48 meses. As empresas farão as principais campanhas institucionais, incluindo a divulgação de programas sociais como o Bolsa Família, e de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Nesse pacote só não está incluída a chamada publicidade de utilidade pública, como as campanhas de vacinação.

- Os principais programas do governo serão tratados aqui. A essência do nosso esforço de comunicação é o interesse público. É sintetizar o impacto das ações do governo na vida da população - disse José Otaviano Pereira, secretário de Comunicação Integrada.

Outras quatro agências se classificaram na segunda etapa da licitação e poderão recorrer do resultado. O prazo é de cinco dias. Depois disso, será feita a análise de preço. Pela lei, as três primeiras colocadas na fase técnica devem se adequar à proposta de menor preço obtida entre as demais. O contrato deve valer a partir de março. Classificaram-se as agências Lew Lara Propaganda e Comunicação, Borghierh Lowe Propaganda e Marketing, Nova S/B Comunicação e Master Publicidade.

Das duas agências que atendem o governo hoje, a Lew Lara ficou em quarto lugar. A Matisse, do publicitário Paulo de Tarso, que fez a campanha do presidente Lula em 1994, foi a segunda colocada. Com vasta experiência em campanhas governamentais, a Propeg tem sede na Bahia, onde tem fortes vínculos com o DEM. O principal executivo da Propeg, Fernando Barros, era amigo do senador Antonio Carlos Magalhães, morto em julho do ano passado. A 141 é nova no mercado. O principal nome da 141 é o publicitário Mauro Montorin, que foi da D+, a agência que atendia o Banco do Brasil na época do escândalo da DNA, empresa do publicitário Marcos Valério.