Título: IBGE: indústria cresceu em todo o país
Autor: Schreiber,Mariana
Fonte: O Globo, 12/02/2008, Economia, p. 22

Em 2007, Rio de Janeiro teve expansão de 2,1%, abaixo da média nacional de 6%.

A indústria cresceu nas 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em 2007, segundo levantamento divulgado ontem pelo instituto. Os resultados acompanham o desempenho positivo do setor no país, que teve expansão de 6%. Desde 2004, o IBGE não registrava alta generalizada nos 13 estados e no Nordeste. O crescimento nacional foi puxado, principalmente, pela expansão de 6,2% em São Paulo, estado que influencia 40% do índice.

O Rio de Janeiro (2,1%) ficou bem abaixo da média nacional, influenciado pela queda de 2,4% do setor de extrativismo mineral, que pesa quase 20% no índice fluminense e recuou devido a paralisações técnicas das plataformas de exploração de petróleo. A indústria de transformação (3,2%) foi a que teve maior impacto positivo no estado, com destaque para o crescimento de 23,8% da produção de veículos automotores.

Minas Gerais registrou o melhor desempenho (8,6%), principalmente por causa da expansão da indústria automobilística e das exportações de minério de ferro. Espírito Santo, Rio Grande do Sul (ambos com 7,5%) e Paraná (6,7%) também tiveram crescimento acima da média do país.

- Os locais com maior destaque são aqueles com forte presença dos produtores de bens de capital, de bens de consumo duráveis e de commodities - analisou o economista do IBGE, André Macedo.

O IBGE também divulgou ontem crescimento de 5% da agroindústria brasileira em 2007, resultado superior ao registrado em 2006 (1,5%). A expansão foi influenciada, principalmente, pelo bom desempenho do setor agrícola (4,9%), impulsionado pelo aumento do volume e do preço das exportações e pelo maior consumo do mercado interno, puxado pela expansão da renda.

As boas condições climáticas e o aumento da utilização de adubos e fertilizantes contribuíram para a safra recorde de grãos em 2007, que somou 133 milhões de toneladas, 13,7% a mais do que em 2006. Os setores ligados à pecuária tiveram alta de 2,8%, e o segmento de madeira recuou 6,1%.