Título: BB tentará convencer Arruda a vender BRB
Autor: Cristino, Vânia
Fonte: Correio Braziliense, 29/04/2009, Economia, p. 16

Aquisição do Banco de Brasília é estratégica para que Banco do Brasil retome a posição de maior instituição financeira do país

O Banco do Brasil quer convencer o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, a vender o Banco de Brasília (BRB). O novo presidente do BB, Aldemir Bendine, garantiu ontem que as negociações não estão interrompidas. Bendine reconheceu que houve ¿um pequeno solavanco¿, por ocasião da troca de diretoria do banco, mas assegurou que permanece o interesse do Banco do Brasil. ¿As negociações em relação ao BRB não estão interrompidas. Temos, inclusive, uma reunião programada para a próxima semana¿, afirmou o presidente do BB, sem dar mais detalhes.

O GDF, por sua vez, reafirmou a posição de não negociar o banco. ¿O governo do Distrito Federal não tem interesse em vender o BRB, continuamos com a mesma posição¿, disse Arruda por meio de sua assessoria de imprensa. Para o Banco do Brasil, a compra do BRB, assim como a do Banestes (ES), faz parte da estratégia da instituição para crescer e voltar a ser o maior banco do país, posição que perdeu diante da fusão do Itaú com o Unibanco.

¿O Banco do Brasil é visto pela população como o maior banco do país. Essa é uma meta dos funcionários do banco¿, ressaltou Bendine. Para chegar lá, ele garantiu que o BB não medirá esforços. Além do crescimento via incorporação de outros bancos, a instituição está focada na ampliação do crédito e também no aumento da base de clientes. O BB promete ser agressivo também no mercado de cartões de crédito e de seguridade.

O banco também tem pela frente o desafio de atender o governo na redução do spread e dos juros. O novo presidente disse que não se sente pressionado. ¿Não tomo decisões sozinho. São decisões técnicas¿, assegurou.

Bendine procurou tranquilizar os acionistas minoritários. Ele disse que vai trabalhar para garantir a rentabilidade. ¿A governança corporativa do BB é modelo¿, observou. O BB tem hoje 21,7% de ações no mercado. Em 2011, serão 25%, o mínimo necessário para completar a exigência do Novo Mercado.