Título: Ministério e entidades negam favorecimento
Autor: Freire, Flávio
Fonte: O Globo, 21/02/2008, O País, p. 9

Deputados dizem que ONGs são sérias

SÃO PAULO. O Ministério do Trabalho negou direcionamento político nas verbas da pasta. Segundo a assessoria, os contratos respeitam princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa e vinculação ao instrumento convocatório. Os dirigentes das organizações e deputados negam favorecimento político.

O presidente da Associação de Assistência São Vicente de Paulo, Francisco Batista de Souza, é filiado ao PDT, mas nega favorecimento:

- O ministério está ajudando a dar vida mais digna para esses jovens.

O deputado João Dado, que pediu pela Fuvec, explicou que encaminhou ofícios ao Ministério do Trabalho e a outras pastas:

- Estamos aqui para pedir por empresas sérias.

O deputado Paulo Rubem Santiago disse que conhece o grupo Mulher Maravilha há 20 anos e que a entidade tinha processo encaminhado. O deputado Giovanni Queiroz disse que a Fidesa tem dirigentes sérios.

Já o presidente da Brasil Voluntário, Saney Sampaio, confirmou a doação ao candidato do PDT no Maranhão:

- Doamos, mas não tem a ver com o convênio.

O presidente do Instituto DataBrasil, Mikael Ferrone, negou ligações com a Força Sindical. Ontem à noite, informou que irá cancelar todos os convênios com os governos municipal, estadual e federal. O GLOBO revelou que o Ministério do Trabalho autorizara convênio de R$14,8 milhões com a instituição.

- Decidimos cancelar porque estamos vendo que tem campanha política nas denúncias - disse Ferrone.

O diretor da Catalisa, Eduardo Coutinho de Paula, disse que a entidade não tem vinculação partidária.

O secretário de Trabalho de São Paulo, Geraldo Vinholi, confirmou o convênio com a Avepema, mas disse que a prefeitura não tem responsabilidade sobre a escolha da ONG.