Título: Parlamentares defendem verba
Autor: Tahan, Lilian
Fonte: Correio Braziliense, 30/04/2009, Política, p. 10

Entre os gabinetes que responderam à reportagem, o do deputado Rogério Ulysses (PSB) justificou que o parlamentar utiliza a quota de correspondência para informar à base política as ações do deputado e para cumprimentar os eleitores em datas especiais, como Natal e aniversários. Nos últimos dois anos, Ulysses utilizou um total de R$ 220 mil com esses objetivos.

O deputado Benício Tavares (PMDB) defendeu o uso da quantia reservada para as correspondências. Segundo o distrital é com o recurso das cartas que ele consegue se comunicar com o seu grupo de eleitores. ¿A minha base, em geral, não mora no plano e muitas vezes não tem acesso a computadores com internet. Então, as cartas são o único meio para que a gente entre em contato com as pessoas¿, afirmou o político, que sempre foi muito bem votado em Ceilândia.

Jornais e informativos A visão de Benício, é compartilhada com a do deputado Paulo Tadeu (PT), que também é a favor do correio convencional. O distrital afirmou que usa a quantia para divulgar as atividades do mandato parlamentar. Além de Paulo Tadeu, Érika Kokay (PT), Cabo Patrício (PT) e Raad Massouh (DEM) também disseram que com a respectiva quota enviam jornais e informativos sobre os mandatos.

Um dos deputados mais econômicos com as correspondências, o pedetista José Antônio Reguffe considera a quota ¿extremamente excessiva¿ e defende a redução da mesma para 10% do atual valor. Nos últimos dois anos, o distrital usou R$ 9,2 mil do montante a que tem direito e diz que prefere os meios eletrônicos. A maior parte dos eleitores de Reguffe mora no Plano Piloto. Geraldo Naves (DEM), que assumiu vaga na Câmara desde o início de 2009, informou à reportagem que ainda não utilizou a verba. (LT)

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O número Balanço Os distritais gastaram 5,6 mi em cartas de janeiro de 2007 a março de 2009