Título: Avaliação tem teste objetivo e redação
Autor: Weber, Demétrio
Fonte: O Globo, 05/04/2008, O País, p. 15
BRASÍLIA. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enem) é formado por duas provas: um teste objetivo com 63 questões de múltipla escola e uma redação. Em cada uma delas o aluno recebe uma nota diferente. A escala vai até cem. Ontem o Ministério da Educação divulgou os resultados isolados do teste objetivo e a média que leva em conta a redação.
Dependendo do critério usado para elaborar o ranking, a ordem das escolas varia. O Mopi (Moderna Organização Pedagógica Integrada), no Rio, tirou a terceira nota mais alta do país na prova objetiva: 88,75. Se for considerada a média do teste objetivo e da redação (79,66), a escola cai para a sexta posição. No ranking divulgado pelo MEC, a prova objetiva determinou a classificação das escolas.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, diz que não há um critério certo ou errado:
¿ Não há definição do Inep de qual é melhor.
O ranking que leva em conta a redação confere peso de 50% a essa parte do teste. Os outros 50% vêm da prova objetiva. Não é o que costumam fazer vestibulares como o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em que a redação vale um sexto do resultado final, ou seja, 16% da nota.
O coordenador acadêmico do vestibular da UFRJ, Luiz Otávio Teixeira Mendes, considera exagerado conferir peso de 50% à redação. Ele diz que esse tipo de avaliação corre o risco de subjetividade e que o melhor seria considerar o tempo que o candidato dedica a escrever o texto e a fazer a prova. Segundo ele, a redação deve ter peso de 20% a 25%.