Título: Estado não sabe qual seu déficit de médicos
Autor: Magalhães, Luiz Ernesto
Fonte: O Globo, 05/04/2008, Rio, p. 22

A Secretaria estadual de Saúde admitiu ontem não ter informações sobre a carência de médicos em sua rede. A subsecretária Monique Fazzi explicou que a Fundação Getúlio Vargas foi contratada para realizar um diagnóstico com base no perfil de cada unidade para traçar a real necessidade de profissionais. O trabalho fica pronto no fim de junho. O objetivo é preparar a rede para operar no novo modelo de gestão das unidades do estado: o de fundações estatais.

O que o estado tem hoje são informações sobre o total de matrículas de especialistas. Um mesmo profissional, independente do vínculo de trabalho (servidor, contrato temporário ou vinculado à cooperativas) pode ter duas matrículas. A quantidade chega a 14.099, dos quais 8.151 são de matrículas de médicos. Parte deles está cedida para outros municípios.

Já o prefeito Cesar Maia abriu ontem parte da caixa preta de pessoal que trabalha em unidades de saúde do município e municipalizadas. Segundo ele, são 5.439 médicos municipais, 1.423 médicos federais em postos municipalizados e 500 profissionais de cooperativas.

- Entre esses médicos estão 1.431 pediatras e 959 clínicos. Há ainda na rede 3.087 enfermeiros e 10.108 auxiliares de enfermagem - acrescentou.

O secretário de Saúde, Jacob Kligerman, disse que há 98 médicos cedidos para outros órgãos. Mas garantiu que as cessões foram feitas por meio de convênios ou câmaras de compensação:

- Ou seja, estão lotados em unidades estaduais ou federais, mas, em contrapartida, há médicos dessas esferas atuando na Secretaria municipal de Saúde.