Título: Peritos analisam amostras de sangue
Autor: Farah, Tatiana
Fonte: O Globo, 09/04/2008, O País, p. 10

Objetivo é descobrir origem das manchas encontradas no apartamento

SÃO PAULO. Só ontem, nove dias depois da morte de Isabella Alves Nardoni, de 5 anos, peritos do Instituto de Criminalística receberam amostras do sangue da menina, do pai dela, Alexandre Alves Nardoni, de 29, e da madrasta, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, de 24, para fazer exame de DNA e confrontar o resultado com as manchas encontradas no apartamento da família. O laudo deverá ficar pronto até o fim da semana.

As amostras de Isabella chegaram na noite de segunda-feira e, ontem, chegaram as do pai e da madrasta. Segundo o diretor de laboratórios do IC, Osvaldo Negrini, o material estava sendo preservado enquanto o Instituto Médico Legal realizava outros exames, como o toxicológico.

Os peritos começaram ontem a fazer o DNA, mas terão de refazê-lo porque a seqüência de cromossomos do material é insuficiente. Apesar disso, já dão como quase certo que as manchas encontradas no corredor do prédio, no hall, no quarto, no lençol, no parapeito da janela, na tela de proteção e nas paredes são da menina. Ela estava com ferimento na testa de 0,5 centímetros. Se não for de nenhum dos três, então uma terceira pessoa pode ter entrado no apartamento e matado a menina, como Alexandre afirma.

Os peritos não têm dúvidas de que Isabella foi jogada da janela. Um coqueiro de 60 centímetros que havia no jardim e a grama alta, de 10 centímetros, além da terra fofa por causa da chuva, amorteceram a queda.

Isabella tinha uma fratura na parte de trás da bacia, outra no pulso direito e politraumatismo craniano, além de escoriações e hematomas nas pernas. Os ferimentos, segundo peritos, são compatíveis com a queda, mas a causa da morte teria sido asfixia por estrangulamento.

Do Diário de S.Paulo