Título: Paciente não identificado
Autor: Vaz, Viviane
Fonte: Correio Braziliense, 04/05/2009, Mundo, p. 12

A subsecretária de Atenção à Saúde do Distrito Federal, Disney Antezana, não quis dar detalhes sobre os casos suspeitos confirmados ontem na capital. ¿O que posso dizer é que eles preenchem os critérios do Ministério da Saúde¿, informou. Além da menina que chegou da Espanha com a mãe, depois de escala em São Paulo, está internado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) um paciente identificado apenas como um homem, morador do DF, que, pelo quadro apresentado, foi submetido a exames e tratamento. Apenas esse caso consta do balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no início da tarde.

A Secretaria de Saúde do DF divulgou uma nota com orientações sobre como os profissionais da área devem lidar com os casos definidos como suspeitos. É obrigatório higienizar as mãos antes e depois do atendimento, usar máscaras, luvas e avental. Nos casos em que não seja necessária a internação, os médicos são orientados a coletar material da região nasal, oferecer medicamentos específicos até 48 horas depois do início dos sintomas e encaminhar o paciente para casa, com orientação de proteção individual e coletiva. Os médicos são obrigados a notificar a Vigilância Epidemiológica sobre qualquer caso suspeito.

A falta de informações e o medo da gripe suína levaram brasilienses à rede pública de saúde em busca de exames e consultas. A dona de casa Maria Ângela Oliveira, 50 anos, foi ao Hran à tarde e pediu à equipe médica para fazer exames que descartassem a possibilidade de ter o vírus H1N1. Ela desconfiava de uma possível infecção porque, na semana passada, assistiu a partidas do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, na Esplanada dos Ministérios. ¿Havia jogadores e espectadores do mundo inteiro. Como estou com muita dor no corpo e coriza, tenho medo de estar com a gripe suína¿, disse a dona de casa.

Outra mulher, de 37 anos, que não quis se identificar, também se submeteu aos testes pelo mesmo motivo . ¿Decidi vir porque estou gripada e passei pelo Circuito de Vôlei¿, justificou. As duas foram submetidas a testes e ouviram dos médicos que a possibilidade de terem a doença é mínima, já que não há casos confirmados no Brasil.