Título: Documentos falsos para liberar verba
Autor: Cotta, Sueli; Alves, Anderson
Fonte: O Globo, 10/04/2008, O País, p. 8

BELO HORIZONTE. O delegado responsável pela Operação Pasárgada, Mário Alexandre Aguiar, disse que para fraudar os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) lobistas, donos de escritórios de advocacia de fachada, contratavam advogados como testas-de-ferro para assinar petições. Os documentos eram usados em benefícios de servidores municipais, como assessores ou prefeitos. Em seguida, os lobistas vendiam pacotes prontos, com casos já ganhos, para que o município recebesse repasses do fundo. O FPM é uma transferência constitucional, composta de 23,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A distribuição dessa verba às prefeituras é feita de acordo o número de habitantes.